quarta-feira, 18 de julho de 2007

Eu vou Estar
Capital Inicial

Eu não vou pro inferno
Eu não iria tão longe por você
Mas vai ser impossível não lembrar
Vou estar en tudo que você vê

Nos seu livros
Nos seus discos
Vou entrar na sua roupa
E onde você menos esperar
Eu vou estar

Eu não vou pro céu também
Eu não sou tão bom assim
Mesmo quando encontrar alguém
Você ainda vai ver a mim

Nos seu livros
Nos seus discos
Vou entrar na sua roupa
E onde você menos esperar

Embaixo da cama
Nos carros passando
No verde da grama
Na chuva chegando eu vou voltar

domingo, 15 de julho de 2007

Pegadas na areia

Uma noite eu tive um sonho...
Sonhei que estava andando na praia com o Senhor e através do céu, passavam cenas da minha vida.
Para cada cena que passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia: um era meu e o outro era do Senhor.
Quando a última cena passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia.
Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiantes do meu viver. Isso me aborreceu deveras e perguntei então ao Senhor:
- Senhor, Tu me disseste que, uma vez que resolvi te seguir, Tu andarias sempre comigo, em todo o caminho. Contudo, notei que durante as maiores atribulações do meu viver, havia apenas um par de pegadas na areia. Não compreendo porque nas horas em que eu mais necessitava de Ti, Tu me deixaste sozinho.
O Senhor me respondeu:
- Meu querido filho. Jamais eu te deixaria nas horas de provas e de sofrimento. Quando viste, na areia, apenas um par de pegadas, eram as minhas. Foi exatamente aí que eu te carreguei nos braços.

Do livro "Pegadas na areia" - Margareth Fishback Powers - Ed.Fundamento

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Para que serve um Amigo?

PARA QUE SERVE UM AMIGO? Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona para a festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra?
Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito. Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu.
Chama os amigos de testemunha do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar.Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra os seus inimigos. Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber está aliança, não valorizam ainda o que está sendo contraído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. VEJAMOS.
UM AMIGO não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos. UM AMIGO não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o calor e a jaqueta. UM AMIGO não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país. UM AMIGO não dá carona apenas para festa. Te leva para o mundo dele e topa conhecer o teu. UM AMIGO não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon. UM AMIGO não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado. UM AMIGO não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura a confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.
Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém!
Martha Medeiros





domingo, 8 de julho de 2007

Para uma pessoa linda

Se Deus tivesse um porta-retrato, seu retrato estaria nele.
Se Deus tivesse uma carteira levaria sua foto nela.
Ele te manda flores em toda primavera.
Ele te manda o nascer do sol a cada manhã.
A qualquer momento que você quiser conversar, Ele te escuta.
Ele pode morar em qualquer lugar do universo, mas escolheu seu coração.
Encare isso, Ele é louco por você!
Deus não prometeu dias sem dor, risos sem sofrimento, sol sem chuva,
mas força para o dia, conforto para as lágrimas e luz para o caminho.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

A síndrome do sapo fervido

É inegável a velocidade e a intensidade das transformações sociais, políticas e econômicas em todo o mundo. Mas o que tem sido feito, pelas empresas, para acompanhar estas mudanças tão turbulentas? Que respostas têm sido dadas às pressões do ambiente externo? Estamos mudando a organização, sistema de trabalho e, principalmente, o comportamento das pessoas para enfrentar e vencer este desafio do mundo globalizado da competitividade, de profissionais mais maduros e conscientes? É aqui que entra a síndrome do "sapo fervido".
Vários estudos biológicos provam que um sapo colocado num recipiente, com a mesma água de sua lagoa, fica estático durante todo o tempo que aquecemos a água, até que ferva. O sapo não reage ao gradual aumento da temperatura (mudanças do ambiente) e morre quando a água ferve. lnchadinho e feliz. Por outro lado, outro sapo que seja jogado neste recipiente já com a água fervendo salta imediatamente para fora. Meio chamuscado, porém vivo!
Muitos de nós têm comportamento similar ao do SAPO FERVIDO. Não percebem as mudanças, acham que está tudo bem, que vai passar, que é só dar um tempo! E "quebram" ou fazem um grande estrago em suas empresas, "morrendo" inchadinhos e felizes, sem terem percebido as mudanças. Outros, graças a Deus, aos serem confrontados com as transformações, pulam, saltam; em ações que representam, na metáfora, as mudanças necessárias.
Temos vários sapos fervidos por aí, prestes a morrer, porém boiando estáveis e impávidos na água que se aquece a cada minuto. Sapos fervidos que não perceberam que o conceito de administrar mudou.
O antigo "administrar é obter resultados através das pessoas" foi gradualmente substituídos por administrar é fazer as pessoas crescerem através do seu trabalho, atingindo os objetivos da empresa e satisfazendo suas próprias necessidades".
Os sapos fervidos não perceberam, também, que seus gerentes, além de serem eficientes (fazer certo as coisas), precisam ser eficazes (fazer as coisas certas). E que para isso o clima interno tem que ser favorável ao crescimento profissional com espaço para o diálogo, para comunicação clara, para o compartilhamento, para o planejamento e para uma relação adulta.
O desafio ainda maior está na humildade de atuar de forma coletiva. Fizemos durante muitos anos culto ao individualismo e a turbulência exige hoje, o esforço coletivo, que é a essência da eficácia, como resposta. Tomar as ações coletivas exige, fundamentalmente, muita competência interpessoal para o desenvolvimento e o espírito de equipe; exige saber partilhar o poder, delegar, acreditar no potencial das pessoas e saber ouvir Os Sapos Fervidos, que ainda acreditam que o fundamental é a obediência e não a competência que manda quem pode e obedece quem tem juízo,"boiarão" no mundo da produtividade, da qualidade e do livre mercado.

Luiz Carlos Cabrera - Professor da Fundação Getúlio Vargas.




"Quando nasce, o homem é fraco e flexível. Quando morre é forte e rígido. A firmeza e resistência, são sinais de morte. A fraqueza e flexibilidade, manifestações da vida." Lao Tsé, Tao Te Ching

quarta-feira, 4 de julho de 2007

A praga da década são os namorofóbicos. Homens (e mulheres) estão cada vez mais arredios ao título de namorado, mesmo que, na prática, namorem... Uma coisa muito estranha. Saem, fazem sexo, vão ao cinema, freqüentam as respectivas casas, tudo numa freqüência de namorados, mas não admitem. Têm alguns que até têm o cuidado de quebrar a constância só para não criar jurisprudência, como se diria em juridiquês. Podem sair várias vezes numa semana, mas aí tem que dar uns intervalos regulamentares, que é para não parecer namoro. É tua namorada? - Não, a gente tá ficando. Ficando aonde, cara pálida? Negam o namoro até a morte, como se namoro fosse casamento, como se o título fizesse o monge, como se namorar fosse outorgar um título de propriedade. Devem temer que ao chamar de namorada(o) a criatura se transforme numa dominadora sádica, que vai arrastar a presa para o covil, fazer enxoval, comprar alianças, apresentar para a parentada toda e falar de casamento - não va i. Não a menos que seja um(a) psicopata. Mais pata que psico. Namorar é leve, é bom, é gostoso. Se interessar pelo outro e ligar pra ver se está tudo bem pode não ser cobrança, pode ser saudade, vontade de estar junto, de dividir. A coisa é tão grave e levada a extremos que pode tudo, menos chamar de namorado. Pode viajar junto, dormir junto, até ir ao supermercado junto (há meses!), mas não se pode pronunciar a palavra macabra: NAMORO. Antes, o problema era outro: CASAMENTO. Ui. Vá de retro! Cruz credo! Desafasta. Agora é o namoro, que deveria ser o test drive, a experiência, com toda a leveza do mundo. Daqui a pouco, o problema vai ser qualquer tipo de relacionamento que possa durar mais que uma noite e significar um envolvimento maior que saber nome. Do que o medo? Da responsabilidade? Da cobrança? De gostar? Sempre que a gente se envolve com alguém tem que ter cuidado. Não é porque "a gente tá ficando" que não se deve respeito, carinho, cuidado. Não é porque "a gente tá ficando" que você vai para cama num dia e no outro finge que não conhece e isso não dói ou não é filhadaputice ? Não é porque "a gente tá ficando" que o outro passa ser mais um número no rol das experiências sexuais - e só. Ou é? Tô ficando velho? Paciência...

Arnaldo Jabor

domingo, 1 de julho de 2007




Eu já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém. Já abracei pra proteger, já dei risada quando não podia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei. Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, “quebrei a cara” muitas vezes! Já chorei ouvindo música e vendo fotos, já liguei só para escutar uma voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)! Mas vivi! E ainda vivo! Não passo pela vida... e você também não deveria passar! Viva!!! Bom mesmo é ir a luta com determinação abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é MUITO para ser insignificante.

Charlie Chaplin